quinta-feira, 12 de maio de 2016

E o medo do abandono?

Ontem na aula um professor meu perguntou "Quem aqui não tem medo de ser abandonado, levanta a mão?"
A classe em silêncio permaneceu com as mãos abaixadas. E esse momento deu início a aula...
Não quero entrar no mérito dessa agora, mas sim discutir sobre o abandono.

Todos concordamos (mesmo não querendo admitir) que temos medo de sermos abandonados correto?
Mas constantemente somos abandonados, então porque o medo?

Nossos amigos de infância nos abandonam, nossos familiares quando falecem nos abandonam, nossos amores, nossos pensamentos, nossos comportamentos; enfim, tudo na vida nos abandona em certa altura... Mas também temos que ver que nós também abandonamos muitas coisas! Abandonamos nossos medos, nossos sonhos, pessoas que nos causam mal e assim por diante...

Abandonar é algo inerente ao ser humano. Começamos abandonando o útero de nossa mãe quando nascemos, e a vida continua a partir disso como uma sequência de abandonos.

Acho que tudo isso porque temos que querendo ou não fazer escolhas, e essas implicam em deixar para trás coisas que queríamos levar. Portanto, caro(a) leitor(a) lhe peço não tenha medo de abandonar e ser abandonado, tenha medo de não vivenciar essas coisas e permanecer o mesmo diante da vida que segue.

Talvez uma boa dose acalme

Clichê demais talvez, mas o fato de beber cerveja, vinho ou qualquer coisa mais forte, ajuda quando o coração está despedaçado. Não estou querendo pedir para você ir lá e ter um porre que te envergonhará para o resto da sua vida, não pelo amor de Deus não é isso! (principalmente se você é menor de idade ok?)
Só estou falando que para mim e para algumas pessoas (acho) funcionou...

Semana passada cansei de ficar em casa chorando por um cara que nem ao menos lembra de mim, decidi ir a luta! A luta por mim e por tudo o que eu sempre quis fazer!
Fui encher a cara hahahaha

Não sou de beber, mas a angústia me consumiu tanto que não aguentei. Eu precisava me libertar de todo o rancor e mágoa que me consumiu durante esse último mês.... E sabe o que é engraçado? Eu não me senti culpada de nada que fiz naquela noite, desde os tropeços no meio da festa até as conversas sem nexo com desconhecidos, tudo valeu a pena.
Me diverti dançando sem se importar com o que os outros iriam pensar, cantando músicas sem saber ao menos a letra, conversando com desconhecidos que se tornaram colegas, falando o que me viesse a mente (claro, sem cometer sincericídios que magoasse alguém) e ; principalmente, me diverti estando próxima de quem me quer próxima.

E depois dessa noitada?
Ah depois sobrou somente a lembrança de uma noite engraçada e épica.
Você pode não acreditar, mas agora me sinto liberta desse peso que estava em minhas costas, dessa mágoa e de toda a confusão que estava na minha cabeça. Agora comecei a pensar mais no presente e em vivê-lo intensamente.

Me desculpe sociedade, mas uma dose talvez seja tudo que alguém precise quando a vida desse(a) perece no caos....