sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Tudo bem eu não estar bem?

É temos dias e dias. Há dias bons em que tudo parece conspirar em torno da sua felicidade, enquanto há dias "ruins" em que sua vontade é sumir do mundo. Claro que o que estou falando não é uma regra para todos, mas se você for humano com certeza entenderá que há um pouco de verdade no que eu acabo de falar acima.

Ontem para mim foi um dia ruim, não porque algo terrível aconteceu com um ente querido ou na faculdade, mas porque fiquei com saudade. E essa saudade me gerou tristeza, que me gerou desânimo e que me fez pensar e pensar sobre a vida.

Foi como um ciclo vicioso, no qual eu me afogava em mim mesma.

E assim percebi que o "Oii, tudo bem?" nas conversas por whatsapp não precisam necessariamente serem respondidas com "Tudo e com você?". Podem ser respondidas com "Na verdade não". Mas o que me intrigou foi: Se todos nós sabemos que não somos felizes 24h por dia, sete dias por semana durante 365 dias, porque a sociedade nos impõe essa felicidade utópica?



O que há de errado em ficar triste? Porque essa tristeza nos apavora tanto?
A minha resposta para essas perguntas é essa: a tristeza nos lembra que a vida real não é tão espetacular ou colorida quanto gostaríamos que fosse. Não entendeu? Vou explicar melhor. Suponhamos que seu/sua melhor amigo(a)chega na sua casa aos prantos porque brigou com os pais, o que você faz? O(A) consola, correto? E depois quando ele vai embora?

Fica extremamente feliz com a ida dele? Acredito que não... Eu pelo menos fico pensativa; do tipo que repensa em todas as situações tristes da minha vida ao ponto de ficar muito balançada com a tristeza desse(a) meu(minha) amigo(a).

Ver o outro triste, me faz perceber que eu também posso ficar triste e tenho todo o direito!! Não é porque todos ao meu redor aparentam felicidade que eu sou obrigada a ficar feliz! 
Somos todos humanos e como humanos temos sentimentos, mas ao negar esse sentimentos estamos negando a nós mesmos e ao nosso direito de expressar nossas emoções.

Eu lamento se você esteja triste no momento, mas eu quero que você fique triste! Quero que você sinta e permita viver essa tristeza ao ponto de chorar rios de lágrimas. Mas quero ainda mais que quando essa acabar, você perceba que também pode ficar feliz e que você não saberia o que é felicidade sem nunca ter vivenciado a tristeza.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Um brinde a amizade



Elas se conheciam a pouco tempo, mas esse já foi suficiente para que elas vivessem sempre pensando no melhor para a outra. Mensagens eram trocadas quase diariamente e apesar de grandes mudanças na vida de cada uma, nada parecia abalar essa amizade. Não é comum encontrá-las por aí bebendo e dançando loucamente no meio da multidão, mas é bem comum vê-las dançando e cantando loucamente na sala de suas casas ou no carro a caminho de uma sessão de cinema.

De alguma forma elas são parecidas! Não vêem maldade no mundo, pensam demais, são inseguras, tímidas, espontâneas e sentem uma vontade imensa de abraçar o mundo sem que ele ou ninguém reconheça suas atitudes. Namorados?  Não,obrigada! No momento só há espaço para a paz; o amor está sendo construído no amor próprio... Entendeu? Não? Posso explicar: de tanto se iludir acho que elas se tornaram desiludidas! 

Essa desilusão porém foi essencial para descobrirem algo muito mais importante; que amizade vem em primeiro lugar, que trocar amigos por namorados não vale a pena as vezes e que hora certa não existe!

Não busque tentar entender essa amizade louca, de loucura já basta a vida. Elas não querem ser entendidas, querem somente viver a vida com base na amizade e na cumplicidade que uma tem com a outra.....

Talvez algum dia essa amizade não exista mais, mas se existiu foi por causa de algum motivo não acha?

E por isso, acho merecido um brinde a amizade dessas duas amigas loucas e de tantas outras que existem por aí! Cheers!

Ao cara misterioso



É talvez eu tenha me enganado sobre você.

Quem te ver andar pelas ruas da cidade imagina que por dentro há alguém diferente. Diferente? Sim, diferente.

Do tipo que há algo dentro que intriga as pessoas ao seu redor, despertando nelas uma curiosidade imprevisível! O seu mistério desperta isso nas pessoas, tanto para o lado bom quanto para o ruim. 

O cara misterioso. Se você fosse um filme com certeza o título seria esse. Porém, a história desse filme não se tornou tão envolvente quanto o seu personagem, lamento.

Na verdade acho que não lamento não.

Nossa história poderia ter se tornado algo realmente concreto, mas você queria que eu continuasse a sonhar e cada um de nós seguisse seu caminho sem nem ao menos lembrar um do outro. Um triste fim para um encantado começo.

É seu mistério acabou, sua máscara caiu, um novo personagem surgiu e Eu? Ahhh Eu continuei hipnotizada por um mistério imaginário do "cara misterioso".

Não estou lamentando ou lhe culpando por isso, ok? De jeito nenhum eu faria isso!
Tá bommmmm, confesso que há dois meses eu costumava lhe culpar e lamentar por nossa quase história não ter se concretizado. Mas sabe o que é? Eu ainda alimentava esperanças, e com elas a angústia e o ódio por você...

Foi nesse tempo que eu percebi que não era você o culpado por nada. Eram NÓS. Cada um teve uma parcela de culpa no desfecho triste desse filme. Cada um foi para seu lado com seu orgulho que nos impediu de mandar mensagens, olhar nos olhos e dizer: "Oi, tudo bem?" e quem sabe começar uma nova história que poderia durar muito mais tempo.

É o tempo que se foi não volta atrás. Acabou.

Só lhe peço uma última coisa; se caso me vires na rua e quiseres "ressuscitar" (Como minha amiga diz quando alguém do seu passado surge de repente sem que você se lembre mais dessa pessoa), por favor não faça isso. Não quero mais viver presa ao passado. Aprendi exatamente com você que o que foi irrelevante no passado não deve ser lembrado, que o presente deve ser vivido e o futuro esperado.

Obrigada por tudo "cara misterioso", espero que um dia você descubra que o mistério em excesso pode significar que você tem medo de mostrar sua essência ao mundo e seus habitantes.

Um abraço!